Sentimento do mundo - Carlos Drummond de Andrade

"Sentimento do mundo" mostra o poeta mineiro atento aos acontecimentos políticos de sua época. “Tenho apenas duas mãos/ e o sentimento do mundo”, escreve ele nos célebres versos que abrem este volume. “O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,/ a vida presente”, acrescenta, em “Mãos dadas”. Esse Drummond humanista lamenta que as pessoas mantenham olhos cerrados para o mundo, a ponto de permitir a violência — a Segunda Guerra Mundial e a ditadura getulista — e de trocar a compaixão pelo egoísmo de quem vive fechado em si mesmo ou em um “terraço mediocremente confortável” (“Privilégio do mar”). Tal responsabilidade coletiva se dá inclusive nos poemas em que o autor aborda temas mais pessoais, como “Revelação do subúrbio”, no qual um retorno a Minas Gerais o desperta para a tristeza da noite vista pela janela do carro. A investigação do passado aparece também em “Confidência do itabirano”: é da cidade natal que o escritor afirma ter herdado o “hábito de sofrer, que tanto me diverte”. A visão de mundo sombria e pouco otimista não o impede de ser lírico nos delicados “Menino chorando na noite” e “Noturno à janela do apartamento”. E ainda sobra tempo para Drummond homenagear o amigo Manuel Bandeira, num “apelo de um homem humilde” que funciona ainda como um elogio e uma reflexão sobre o fazer poético

>LIVRO

Título: Sentimento do mundo

Idioma: Português

Páginas: 34

Autor(a): Carlos Drummond de Andrade

Formato: PDF

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